Começamos aqui a noticiar um pouco as historias dos que partiram, mas que fizeram história no Brasil
Perdas de 2020: Relembre os principais nomes que morreram neste ano
Em ano marcado pela pandemia da Covid-19, o Brasil e o Mundo perderam alguns dos seus principais nomes na música, no cinema, na política e nas artesRetrospectiva: ano de 2020 foi de muitas perdas para o Brasil e para o Mundoano de 2020 foi de muitas perdas para o Brasil e para o Mundo
Lorena Lara e Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo
29/12/2020 às 05:00 | Atualizado 26/06/2021 às 00:43
O ano de 2020 foi de muitas perdas para o Brasil e para o Mundo. Um ano difícil, marcado pela pandemia da Covid-19, que vitimou mais de 1,6 milhão de pessoas — 184.827 apenas no Brasil, ambos os números do dia 18 de dezembro, fornecidos pela Universidade Johns Hopkins.
No universo das personalidades, artistas e da classe política não foi diferente. Artistas foram contaminados pelo novo coronavírus e alguns vieram à falecer em decorrência disso, mas as perdas foram além da pandemia.
Artistas em ascensão, como o ator Chadwick Boseman, atletas que fizeram história, como Kobe Bryant, e personalidades da cultura, como Tom Veiga, intérprete do personagem Louro José, estão entre os que morreram em 2020.
Cinema, teatro e TV
Chadwick Boseman
O ator, protagonista de Pantera Negra (2018), morreu em 28 de agosto, aos 43 anos, vítima de um câncer no cólon. Boseman mantinha a doença em segredo e seguia trabalhando no cinema enquanto se submetia a cirurgias e quimioterapia.
Consagrado pelo papel de T’Challa, rei de Wakanda, ele também interpretou ícones da história americana no cinema, como Thurgood Marshall, o primeiro juiz negro da Suprema Corte, e Jackie Robinson, o jogador que quebrou a barreira para afro-americanos no beisebol, quando o esporte ainda era dominado por atletas brancos.
Nicette Bruno
A atriz Nicette Bruno, uma das principais personalidades da dramaturgia brasileira, morreu aos 87 anos, em 20 de dezembro, vítima de complicações da Covid-19. A história de Nicette Bruno e a da televisão brasileira sempre andaram juntas, com a atriz estreando junto com o início das transmissões, na década de 50.
Em sete décadas de carreira, ela estrelou papéis históricos, como a Lola na versão de 1977 de Éramos Seis e a Dona Benta, a avó do Sítio do Picapau Amarelo, que a TV Globo exibiu já no início deste século.
A morte de Nicette Bruno consternou a classe artística brasileira, com artistas e também autoridades se posicionando lamentando a perda da atriz.
José Mojica Marins, o Zé do Caixão
O ator, diretor e roteirista José Mojica Marins morreu em 19 de fevereiro, vítima de uma broncopneumonia.
Marins é um ícone do terror no cinema nacional brasileiro, conhecido pelo personagem Zé do Caixão, que extrapolou as telas do cinema e frequentou programas de TV, com risada sádica e as unhas longas.
Nas primeiras décadas da sua carreira, o cineasta enfrentou dificuldades com a censura. Seus filmes foram podados ou até inteiramente proibidos pela ditadura militar.
Chica Xavier
A atriz e produtora teatral Chica Xavier morreu aos 88 anos, vítima de um câncer no pulmão, em 8 de agosto. Nascida em Salvador, mudou-se para o Rio de Janeiro aos 21 anos, onde começou a estudar teatro. Sua estreia foi em 1956, na peça “Orfeu da Conceição”, de Vinicius de Moraes.
Seu primeiro trabalho na TV foi em 1973, na novela “Os Ossos do Barão”. Ao longo da carreira, Xavier interpretou mais de 50 personagens da teledramaturgia, em obras como Sinhá Moça, Renascer, Cara e Coroa, e Força de um Desejo.
Naya Rivera
A atriz americana Naya Rivera morreu de forma trágica em julho deste ano. Após dias de buscas, o corpo de atriz foi encontrado no fundo do lago Piru, nos arredores de Los Angeles, onde havia alugado um barco dias antes para um passeio junto com o filho de 4 anos, que sobreviveu.
Naya foi uma das protagonistas da série Glee, exibida em mais de 60 países entre 2009 e 2015. Na série, que tinha como uma das principais características a representação dos dilemas de jovens adolescentes LGBT.
A personagem de Naya, Santana Lopez, era uma líder de torcida fechada, reclusa e conhecida por ser agressiva. Ao final da série, mostrando seu lado mais doce, ela se casa com a amiga Brittany, interpretada pela atriz Heather Morris.
Flávio Migliaccio
O ator Flávio Migliaccio morreu em maio deste ano, aos 85 anos. Ele foi encontrado morto em seu sítio na cidade de Rio Bonito (RJ), junto com uma carta de despedida.
Na TV, participou de mais de 30 novelas e minisséries, fazendo sucesso com vários personagens, como o pão-duro Moreiras, em Rainha da Sucata (1990), o feirante Vitinho, em A Próxima Vítima (1995), Fortunato, em Passione (2010), e o turco Chalita, da série Tapas & Beijos (2011).
Sean Connery
O ator escocês e lenda do cinema Sean Connery morreu aos 90 anos, em 31 de outubro, enquanto dormia. Ele alcançou o estrelato internacional por interpretar o agente britânico James Bond por quatro décadas. Criado na periferia de Edimburgo, Connery trabalhou como polidor de caixões, leiteiro e salva-vidas, mas foi seu hobby de fisiculturista que o ajudou a tentar a carreira como ator.
Apesar de ser mais conhecido pelo agente 007, ele interpretou papeis notórios em filmes como Caçada ao Outubro Vermelho (1990) e O Nome da Rosa (1986). Connery levou um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu trabalho em Os Intocáveis (1987).
Kirk Douglas
O ator e cineasta americano morreu aos 103 anos em 5 de fevereiro. Ele enfrentava problemas de saúde desde que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), em 1996. Nascido em um bairro pobre de Nova York e filho de imigrantes russos, estudou interpretação na Academia de Artes Dramáticas.
Entre os filmes mais famosos em que trabalhou estão “Um Estranho No Ninho” (1975), “Duelo de Titãs” (1959) e “O Invencível” (1949), que rendeu sua primeira indicação ao Oscar. Ao longo da carreira, participou de mais de 80 filmes, foi indicado ao Oscar três vezes, recebeu duas premiações do Globo de Ouro e também foi indicado ao Emmy em três ocasiões.
Eduardo Galvão
Já no começo de dezembro, o ator Eduardo Galvão morreu aos 58 anos, vítima de complicações decorrentes da Covid-19.
Galvão estava internado há mais de uma semana no Hospital Unimed, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Na TV, estrelou várias produções de sucesso, como Caça-Talentos, com Angélica, Porto dos Milagres (2001); Paraíso Tropical (2007) e Insensato Coração (2011). O último trabalho em novela foi em Bom Sucesso (2019), como Dr. Machado.
Gésio Amadeu
O ator Gésio Amadeu morreu aos 73 anos em decorrência da Covid-19 no dia 5 de agosto. Ele estava internado em São Paulo desde junho e estava na UTI quando contraiu o vírus. Nascido em Santos Dumont, no interior de Minas Gerais, se mudou para São Paulo em 1968 e foi contratado pela TV Tupi no ano seguinte.
Seu primeiro papel foi na peça O Coronel de Macambira, de 1966. Começou a trabalhar na televisão como assistente de Bráulio Pedroso, autor da novela Beto Rockfeller (1969).
Foi também nessa novela em que teve o primeiro papel na telinha, interpretando um personagem com seu próprio nome. Alguns de seus trabalhos mais famosos são Sangue do Meu Sangue, Chiquititas, Sítio do Pica Pau Amarelo e Araguaia.
Tom Veiga, o Louro José
O ator Tom Veiga morreu aos 47 anos, em 1º de novembro. Conhecido por interpretar o personagem Louro José, fantoche que foi o companheiro da apresentadora Ana Maria Braga na condução do Mais Você, da TV Globo, nas últimas duas décadas.
Terry Jones
O ator e escritor Terry Jones morreu aos 77 anos, em 21 de janeiro deste ano. O britânico é conhecido por ser parte do grupo humorístico Monty Phyton.
Música e outras artes
Moraes Moreira
O músico, que integrou a banda Novos Baianos, morreu aos 72 anos em 13 de abril, vítima de um infarto fulminante. Nascido em Ituaçu, na Bahia, Moreira abraçou a sanfona ainda na adolescência e começou a carreira tocando em festas de São João.
Compôs o grupo Novos Baianos de 1969 até 1975, ao lado de nomes como Baby do Brasil e Pepeu Gomes, e assinou grande parte das músicas lançadas pela banda.
Ele gravou mais de 40 álbuns ao longo de sua carreira, e um deles, de 1972, se tornou um clássico da música brasileira: Acabou Chorare, dos Novos Baianos. A obra é conhecida por misturar ritmos brasileiros com qualidades do rock psicodélico em canções como ‘Preta Pretinha’ e ‘Acabou Chorare’.
Little Richard
Little Richard, um dos pioneiros do rock, morreu em 9 de maio, aos 87 anos, em decorrência de um câncer.
Autointitulado “arquiteto do rock ‘n’ roll”, o músico norte-americano ganhou projeção mundial após sucessos como Tutti Frutti e Long Tall Sally, e influenciou gerações de outros artistas.
Richard ganhou notoridade pela originalidade, ao misturar ao rock outros gêneros como blues, gospel, e boogie-woogie. Junto a outros nomes de peso, como Chuck Berry e Bo Diddley, abriu caminho a ícones como Elvis Presley, Bealtles e Rolling Stones.
Aldir Blanc
O cantor e compositor Aldir Blanc morreu em 4 de maio, aos 73 anos, vítima de complicações causadas pela Covid-19.
Aldir Blanc é um dos principais compositores da música brasileira e é parceiro de nomes como João Bosco, Guinga e Moacyr Luz. Suas músicas foram gravadas por Elis Regina, Beth Carvalho, Alcione, dentre outros nomes.
A morte de Blanc inspirou a aprovação de uma lei que recebeu o nome do artista, que direcionou R$ 3 bilhões em medidas emergenciais para a área cultural em função da pandemia do novo coronavírus.
Arnaldo Saccomani
O produtor musical Arnaldo Saccomani morreu em 27 de agosto, aos 71 anos de idade. Saccomani ficou conhecido por ter participado como jurado de programas como “Ídolos”, “Astros” e “Qual é o seu talento?”. Também atuou em rádios como Jovem Pan e Antena 1.
Gerson King Combo
Um dos maiores nomes do funk e do soul brasileiros, o músico Gerson King Combo morreu aos 76 anos, em 23 de setembro, por infecção generalizada e complicações causadas por diabetes. Nascido no Rio de Janeiro e irmão de Getúlio Côrtes, autor da música Negro Gato, começou sua carreira em 1963 na capital fluminense e participou de várias bandas.
Seu primeiro álbum solo, ‘Gerson King Combo’, saiu em 1977, e é considerado hoje um dos grandes lançamentos da música negra brasileira dos anos 1970. O disco de estreia contava com a música “Mandamentos Black”, o maior sucesso de sua carreira.
Vanusa
A cantora Vanusa morreu na madrugada de 8 de novembro em Santos, litoral paulista, onde morava há mais de dois anos.
Ao longo de sua carreira, gravou 23 discos e vendeu mais de três milhões de cópias. Representou o país em vários festivais internacionais e recebeu cerca de 200 prêmios.
Daniel Azulay
O pintor, artista plástico e cartunista morreu aos 72 anos, vítima da Covid-19, em 27 de março. Ele estava internado, recebendo tratamento contra leucemia, quando contraiu a doença e não resistiu. Nascido no Rio de Janeiro em 1947, Azulay foi um desenhista autodidata e começou a publicar suas primeiras criações no fim da década de 1960.
O artista ganhou notoriedade nas décadas seguintes, quando passou a participar de programas educativos na televisão, como a Turma do Lambe-Lambe.
Paulinho, vocalista da Roupa Nova
O cantor Paulinho, vocalista da banda Roupa Nova, morreu em 14 de dezembro, aos 68 anos.
Paulinho foi internado para um transplante de medula óssea, bem sucedido. Durante o tratamento, contraiu a Covid-19 e foi tratado para a doença.
Segundo a assessoria da banda, no dia 30 do mês passado o artista testou negativo para o novo coronavírus. Apesar disso, as condições médicas o levaram a permanecer internado até esta segunda-feira, quando faleceu.
Esporte
Kobe Bryant
Um dos maiores ídolos do Los Angeles Lakers, o ex-jogador da liga nacional de basquete americana (NBA, na sigla em inglês) morreu aos 41 anos em um acidente de helicóptero em 26 de janeiro. Além dele, outras oito pessoas que também estavam na aeronave morreram – dentre elas, a filha de 13 anos de Bryant, Gianna Maria.
Ele começou a carreira como jogador de basquete profissional em 1996 e foi campeão da NBA cinco vezes: em 2000, 2001, 2002, 2009 e 2010. Além disso, conquistou duas medalhas olímpicas, em 2008 e 2012. Bryant se aposentou das quadras em 2016.
Maradona
Diego Armando Maradona, um dos maiores ícones populares da Argentina, morreu em 25 de novembro.O craque, maior símbolo do futebol argentino, sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa na Grande Buenos Aires nesta quarta-feira aos 60 anos.
A morte de Diego Maradona, campeão da Copa do Mundo de 1986, foi cercada de um profundo luto na Argentina, com milhões de pessoas comparecendo ao velório e às demais homenagens ao ex-atleta, que era treinador do Gimnasia La Plata, da primeira divisão do Campeonato Argentino.
Paolo Rossi
Outro ícone do futebol que morreu em 2020 foi o atacante italiano Paolo Rossi, que morreu em 9 de dezembro, aos 64 anos. Rossi comandou a seleção da Itália na conquista da Copa do Mundo de 1982, tendo especial desempenho na partida em que a azzura eliminou o Brasil, com o seu estrelado ataque formado por Sócrates, Zico, Falcão e Serginho Chulapa.
Jornalismo e Literatura
Fernando Vannucci
Em 24 de novembro, morreu o jornalista Fernando Vannucci, aos 69 anos, em Barueri, na Grande São Paulo.
Vannucci era especializado na cobertura de esportes. Trabalhou na rede Globo de 1973 a 1999, onde apresentou telejornais como Globo Esporte, RJTV, Esporte Espetacular, Jornal Nacional, Jornal Hoje, Fantástico e outros.
Desde então, trabalhou na TV Bandeirantes, TV Record, Rede TV e na Rede Brasil de Comunicação.
Rodrigo Rodrigues
O apresentador do SporTV Rodrigo Rodrigues morreu em 28 de julho. Ele tinha 45 anos e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital do Rio de Janeiro em estado grave por complicações causadas pelo novo coronavírus.
Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Rodrigues se formou em jornalismo em 2001 e iniciou a carreira na televisão como apresentador em 1995. Também passou por emissoras como ESPN, TV Cultura, Bandeirantes e Esporte Interativo.
Rodrigues escreveu livros como As aventuras da Blitz (2008), sobre a vida do grupo musical fundado por Evandro Mesquita, e Almanaque da música pop no cinema (2012). Ele também era guitarrista da banda The Soundtrackers, com a qual costumava se apresentar com os amigos.
José Paulo de Andrade
O jornalista José Paulo de Andrade, um dos maiores nomes do radiojornalismo brasileiro, morreu no dia 17 de julho, em razão de complicações respiratórias causadas pelo novo coronavírus.
Zé Paulo de Andrade apresentava o programa “Pulo do Gato”, marco do rádio brasileiro e um dos programas de maior audiência do setor, o qual comandava há 47 anos.
Cadu Cortez
O jornalista e narrador esportivo Cadu Cortez morreu aos 40 anos, vítima de um infarto fulminante, em 3 de março. Com passagens pela TV Cultura, SBT, Fox Sports, Dazn, rádios Nativa, Bandeirantes e Eldorado, Cadu deixou um filho, Mateo Cortez, de 14 anos.
Antônio Bivar
O escritor e dramaturgo Antônio Bivar morreu aos 81 anos, em 5 de julho, vítima da Covid-19.
Bivar ganhou o Prêmio Molière de melhor autor com a peça Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã, em 1968.
Foi um dos organizadores do festival O Começo do Fim do Mundo, marco do movimento punk nos anos 1980. Antônio Bivar também o autor do livro O Que é Punk, da celebrada coleção Primeiros Passos da editora Brasiliense.
Orlando Duarte
O jornalista esportivo Orlando Duarte morreu em 15 de dezembro, aos 88 anos, por complicações da Covid-19.
Conhecido como O Eclético, Duarte escreveu 34 livros sobre esporte, incluindo a biografia oficial de Pelé, de quem era amigo. Ele passou pelas principais rádios e emissoras de televisão do país e, inclusive, foi diretor da TV Cultura. Cobriu 14 Copas do Mundo e dez Olimpíadas.
POLÍTICOS, INTELECTUAIS e PERSONALIDADES
Arolde de Oliveira
O senador Arolde de Oliveira, do PSD do Rio de Janeiro, morreu no dia 28 de outubro, após contrair a Covid-19. Ele tinha 83 anos e estava no cargo desde fevereiro de 2019. Antes de chegar ao Senado, Arolde foi deputado federal por nove mandatos, entre 1983 e 2019.
Joseph Safra
Homem mais rico do Brasil, o banqueiro Joseph Safra morreu aos 82 anos de causas naturais. Seu José, como era chamado pelos mais próximos, nasceu em 1938 no Líbano e imigrou para o Brasil na década de 1960, para dar continuidade aos negócios de seu pai, construindo os sólidos alicerces do Grupo Safra, mais conhecido no Brasil como Banco Safra.
Liderava o ranking de mais ricos do Brasil com fortuna de R$ 119 bilhões, de acordo com o último levantamento realizado pela revista Forbes. Estava bem à frente do segundo colocado, o investidor Jorge Paulo Leman, com patrimônio avaliado em R$ 91 bilhões.
Tabaré Vazquez
O ex-presidente do Uruguai Tabaré Vazquez morreu em 6 de dezembro em Montevidéu. Ele tinha 80 anos e foi vítima de um câncer no pulmão.
Ele deixou o cargo em março deste ano, quando foi substituído por Luis Lacalle Pou, do Partido Liberal, vencedor das eleições do ano passado.
Tabaré foi o primeiro líder de esquerda a ser eleito no Uruguai desde o fim da ditadura militar e governou o país em duas oportunidades, entre 2005 e 2010 e entre 2015 e 2020.
Qassem Soleimani
Qassem Soleimani era um dos principais generais do Irã e um dos homens mais poderosos do país. Ele foi morto em um bombardeio ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2 de janeiro. Soleimani liderava, desde 1998, a Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária.
Tido como o cérebro da estratégia militar iraniana e homem de confiança do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, o general havia sobrevivido a numerosas tentativas de assassinato nos anos anteriores.
Zuza Homem de Mello
O jornalista, escritor, músico e pesquisador Zuza Homem de Mello morreu aos 87 anos, vítima de um infarto, em 4 de outubro. Nascido na capital paulista, se dedicou à cobertura jornalística musical para a Folha da Noite e a Folha da Manhã.
Nos Estados Unidos, estudou jazz e musicologia. Também trabalhou na TV Record, atuando nos programas de MPB e festivais promovidos pelo canal. Além disso, produziu para rádio, jornalismo impresso e coordenou a Enciclopédia da Música Brasileira.
Francisco Camargo (pai de Zezé e Luciano)
Francisco Camargo, pai de Zezé Di Camargo e Luciano, morreu aos 83 anos em 23 de novembro, vítima de uma parada cardiorrespiratória.
Conhecido como “Seu Francisco”, ele teve a história contada no filme 2 Filhos de Francisco (2005).