LIVROS: Colleen Hoover, escritora americana número 1

do New York Times com 14 romances publicados. Já falamos dela aqui no Feededigno, e agora é a vez para falar sobre o livro É Assim Que Acaba.A obra É Assim Que Acaba é o seu último lançamento no Brasil, publicado pela editora Galera Record no dia 5 de fevereiro desse ano. Porém, originalmente foi publicado nos Estados Unidos em 2016 pela editora Simon & Schuster.

Confira a sinopse:

“Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade.

Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora.

Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco.”

Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.

A história começa de uma forma e termina de outra muito diferente. Eu comecei a leitura desavisada da carga emocional dele e a princípio supus que fosse um romance Young Adult comum, com no máximo um triângulo amoroso de conflito. Entretanto, devo avisar que o livro pode ser um gatilho para pessoas com problemas domésticos.

Lilly conhece Ryle em uma noite na qual ambos estão transtornados em um terraço. Eles têm uma química imediata, mas vão embora sem trocar contatos. Acabam se reencontrando meses depois e o relacionamento abrasivo como uma chama e você também se apaixona por ele.

Paralela a essa história, temos as memórias da personagem da sua primeira paixão. O nome dele é Atlas e era um “mendigo”. Coloco em aspas porquê ele estudava na mesma escola que ela, mas morava em uma casa abandonada ao lado da dela. Eles se aproximaram quando ela começou a ajuda-lo, dando comida e cobertores.

Porém, não é um triângulo amoroso, passa longe disso. Não é uma história florida, e é uma narrativa inesquecível de fato. Ela entrelaça a adolescência de Lilly com o presente, dando detalhes sobre como é crescer com um lar com um pai agressivo e relações abusivas.

A autora escreve nas notas finais que esse foi o livro mais difícil que ela já escreveu, porquê foi baseado na história da mãe dela. Também traz fatos da realidade e estatísticas sobre violência doméstica, o que torna o livro ainda mais doloroso.

É uma leitura cruel e pesada, que faz você parar para refletir quantas vezes julgou um caso de violência doméstica como sendo algo simples de se resolver. O que torna a história tão impactante é o fato de ela ser extremamente real e colocar você no lugar da vítima para sentir o mesmo que ela. Por mais que eu tenha ficado arrasada depois de ler, recomendo a obra para todos, para reflexão.