Hamas e Israel entram em combate

Hamas e forças israelenses entram em combate em meio a negociações por libertação de reféns
O jornal norte-americano The Washington Post disse que, no sábado (18), um acordo provisório foi alcançado, o que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e autoridades norte-americanas negaram. Um porta-voz da Casa Branca informou que os esforços para a obtenção de um acordo continuam.
Neste domingo, contudo, o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Herzog, afirmou, em entrevista à emissora de televisão ABC, que os israelenses estão confiantes de que um grande número de reféns pode ser solto pelo Hamas “nos próximos dias”.
Durante o seu ataque em solo israelense, ocorrido no dia 7 de outubro, o grupo fez cerca de 240 reféns.
Em resposta, Israel decretou que iria promover um cerco total à Faixa de Gaza e invadir o território palestino para erradicar o Hamas. Desde o início da operação, a crise humanitária na região tem se agravado.
Neste domingo, o primeiro-ministro do Catar, o Xeque Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, disse em Doha que os únicos pontos impedindo a soltura dos sequestrados eram “bem diminutos”, sendo eles principalmente desafios de logística.
Tanques e tropas israelenses invadiram Gaza em outubro e tomaram o controle de grandes áreas no norte, noroeste e leste ao redor da cidade de Gaza, conforme informado pelo Exército.
Mas a resistência ao estilo “guerrilha” do Hamas permanece intensa em pedaços do norte do enclave, que é altamente urbanizado, incluindo partes da cidade de Gaza e nos amplos campos de refugiados de Jabalia e Beach.
Uma testemunha reportou batalhas entre homens do Hamas e forças israelenses que tentam avançar até Jabalia, o maior campo de refugiados do enclave, com quase 100 mil pessoas.
O local está sob forte bombardeio israelense, que, segundo médicos palestinos, já matou muitos civis.
O Exército de Israel pediu, neste domingo, por meio das redes sociais e em arábico, que os moradores de vários bairros de Jabalia deixem a região e se dirijam para o sul da Faixa de Gaza “para preservar a sua segurança” e que, por esse motivo, interromperia as atividades militares das 10h às 14h (horário local).
Após o término do período de “pausa”, 11 palestinos foram mortos em Jabalia por um ataque aéreo israelense em uma casa, informou o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlado pelo Hamas.
Cerca de 1,2 mil israelenses, a maioria civis, foram mortos no ataque do Hamas em 7 de outubro, segundo contagens israelenses, sendo o dia mais mortal na história do país em 75 anos.