QUANDO ACHAMOS QUE JÁ TÍNHAMOS VISTO DE TUDO…
7 PORTS — EDITORIAL
QUANDO ACHAMOS QUE JÁ TÍNHAMOS VISTO DE TUDO…
Surgiu mais um capítulo de desonra no Parlamento brasileiro.
O protagonista, deputado Glauber Braga, conseguiu registrar nos anais da Casa — e aqui não há trocadilho possível que suavize a cena — um ato inédito:
a tomada “à força” da presidência da Câmara para exigir que seu próprio processo de cassação fosse votado.
Por quê?
Porque tudo indica que chantagens políticas envolvendo pautas que contrariam seu próprio partido passaram a servir de moeda de troca para interesses obscuros.
O episódio terminou no que já se tornou rotina nacional:
páginas policiais.
Boletim de ocorrência.
Empurrões. Hematomas.
E, para completar, tentativa de censura contra a imprensa institucional, impedida de registrar os bastidores de uma possível trama golpista da esquerda radical.
Na sequência, surgiram os conhecidos “bombeiros do centrão” — aqueles que Brizola chamava de vendilhões — prontamente acionados para extinguir o fogo da razão ou, quem sabe, preservar a omissão.
Sem liderança, a Câmara deriva.
E o início do próximo ano legislativo, somado à aproximação das eleições de 2026, não promete calmaria, mas turbulência crescente.
O contraste é gritante.
A Casa que já teve Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Afonso Arinos e Ruy Barbosa hoje se ajoelha diante da própria paródia institucional.
E quem paga essa conta é sempre o mesmo: o Brasil.













































































