Homem mais rico da Ucrânia planeja processar Rússia por danos de bombardeios
Segundo Rinat Akhmetov, dono da maior siderúrgica da Ucrânia, perdas podem variar entre US$ 17 bilhões e US$ 20 bilhõesFumaça sobe da siderúrgica de Azovstal em Mariupol25/04/2022REUTERS/Alexander Ermochenko
Natalia Zinetsda Reuters
26/05/2022 às 15:00
O homem mais rico da Ucrânia diz que planeja processar a Rússia por perdas que podem variar entre US$ 17 bilhões e US$ 20 bilhões causadas pelos bombardeios nas siderúrgicas que ele possui na cidade de Mariupol.
A siderúrgica Azovstal sofreu grandes danos de ataques russos depois que a planta industrial se tornou o último reduto de defesa na cidade portuária do sul. A Illich Steel and Iron Works, outra propriedade de Rinat Akhmetov, também foi gravemente danificada durante o bombardeio russo em Mariupol.
“Definitivamente vamos processar a Rússia e exigir compensação adequada por todas as perdas e negócios danificados”, afirmou o dono da maior siderúrgica da Ucrânia, a Metinvest, ao portal de notícias ucraniano “mrpl.city”.
Leia Mais:
- Putin não ditará termos de paz na Ucrânia, diz chanceler alemão
- Kremlin diz que o Ocidente é o culpado pela crise de grãos na Ucrânia
- Tropas russas chegam a estrada-chave na saída de cidades de Donbass
Questionado sobre quanto dinheiro a Metinvest havia perdido por causa dos danos a Azovstal e Illich, ele avaliou: “O custo de reposição devido à agressão russa é de US$ 17 a US$ 20 bilhões. O valor final será determinado em uma ação judicial contra a Rússia”.
O bilionário Akhmetov já tinha visto seu império empresarial ser destruído antes da guerra por oito anos de combates no leste da Ucrânia, depois que separatistas pró-Rússia tomaram parte do território na região.
Desde a invasão russa em 24 de fevereiro, a Metinvest anunciou que não pode cumprir seus contratos de fornecimento. Enquanto a companhia financeira e industrial de Akhmetov, a SCM Group, está cumprindo suas obrigações de dívida, sua produtora privada de energia DTEK reestruturou o portfólio de dívidas, informou.
Akhmetov disse que permaneceu na Ucrânia desde o início da guerra com a Rússia, acrescentando: “Acreditamos em nosso país e acreditamos em nossa vitória”.