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Por Agenor Candido Gomes – 11 de novembro de 2025

A COP30 transformou-se em uma verdadeira farra para aculturados sem causa. Em todo o mundo existem tolos e oportunistas, e a conferência, que deveria ser um fórum de ciência e ação concreta, converteu-se em uma assembleia desses mesmos personagens — indivíduos que, assim como os terraplanistas, encontram entre si amparo para teses vazias de lógica e razão.

O verdadeiro propósito do encontro permanece obscuro para a população. Muitos acreditam nas narrativas dos governantes ali presentes: uns, iludidos com discursos grandiosos; outros, movidos por interesses econômicos disfarçados de compromisso ambiental. Buscam, na verdade, amealhar recursos dos países ricos — justamente os que devastaram suas florestas e agora, ressentidos do que lhes falta, cobiçam as terras ainda virgens de outras nações.

A verdade, respaldada por cientistas independentes e não vinculados às redes de ONGs financiadas por grupos econômicos ligados à matriz petrolífera, é que já existem tecnologias capazes de sustentar o planeta com energia limpa e renovável. Fontes como solar, eólica, hidrogênio verde e biogás correspondem, atualmente, a mais de 30% da matriz energética global (IEA, 2024), demonstrando que o entrave é menos técnico e mais político.

A equação planetária é simples: os seres humanos ocupam apenas 13% das terras emergidas, sendo o restante — cerca de 87% do planeta — formado por oceanos e regiões inabitáveis (FAO, 2023). A mudança climática, embora amplificada pela ação humana segundo o IPCC (2023), também decorre de fatores naturais recorrentes na história terrestre: variações solares, atividade vulcânica, oscilações oceânicas e outros fenômenos geofísicos ainda não plenamente compreendidos.

O maior risco imposto pelo ser humano à Terra não está apenas nas emissões de carbono, mas na ignorância cultivada e instrumentalizada por elites políticas e econômicas, que transformam causas legítimas em ferramentas de manipulação. Essa é a verdadeira síndrome dos aculturados: a submissão intelectual a narrativas importadas, dissociadas da realidade concreta dos povos e de sua soberania sobre o próprio território.

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Referências

• FAO – Land Use Statistics 2023. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Roma, 2023.
• IEA – World Energy Outlook 2024. International Energy Agency, Paris, 2024.
• IPCC – Sixth Assessment Report (AR6) – Synthesis Report. Intergovernmental Panel on Climate Change, Genebra, 2023.
• NASA – Solar Variability and Climate. Goddard Institute for Space Studies, 2023.
• OECD – Environmental Outlook to 2050: The Consequences of Inaction. Organisation for Economic Co-operation and Development, Paris, 2024.